terça-feira, 8 de março de 2011

Acróstico

Revendo as minhas antigas escritas encontrei algo que escrevi para João Alfredo de Lima Neto.Lembro dessa pessoa,morando na rua principal da minha cidade sendo a casa vizinha a D.Emilia Lopes,uma senhora bem idosa que vendia medicamentos Homeopáticos em pequenos frascos.Eu tinha uma falta de respiração muito forte que hoje chamamos de bronquite asmática,e minha mãe me mandava comprar Ipepaconha,que era o que eu tomava para aliviar aquela forte falta de ar.Ali eu via aquele menino muito gordinho brincando na frente daquela casa.Passado algum tempo vi João Afredo na Livraria Clima na Ribeira em Natal.Nunca deixou de participar festas da nossa cidade.Era um jovem estudioso,pesquisador,professor dos melhores colegios de nossa capital-cantava e tocava muito bem o violão,inclusive fez muitas serestas nas noites de luar acompanhado do grande seresteiro,o saudoso Acrisio Gomes.Gostava da política,e ainda foi candidato a vereador,e ainda pesquisou a nossa historia e editou um livro.Lembrando esse personagem que demonstrava gostar tanto do meu querido Arez eu escrevi esse Acróstico:


A UM AMIGO

Jamais poderia esquecer
Organizado e inteligente como és
Arez é minha terra querida
Orgulho sinto poque amas Arez

As pocas vezes que te ouvi cantar
Lembro Arez nas noites enluaradas
Faziam pelas ruas as serestas
Recordo os seresteiros nas calçadas
Erguendo em alta voz alta,as lindas melodias
Dando a lua os mais belos elogios
Olhando o romper da madrugada,e o vento cada vez mais soprando frio.

Depois o raiar do novo dia
Esperando algo mais com aledria

Livres como as mais belas andorinhas
Indo e vindo na torre da matriz
Marcando alguns cantos com seus ninhos
Aespera de um dia mais feliz.

Na espera de um novo amanhecer
Erguem os olhos para a lua prateada
Tenho saudades do meu tempo de criança
Olho e não vejo os seresteiros nas calçadas.

Marluce Aires da Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário