segunda-feira, 28 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER 08 de março de 2011.

Crônica: O Dia Internacional da Mulher
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por Odair Albano
"As mulheres não estão inteiramente erradas quando rejeitam as regras de vida determinadas para o mundo, uma vez que foram estabelecidas apenas pelos homens, sem seu consentimento"
Michel Eyquem Montaigne,1588
Neste oito de Março é celebrado em todo o mundo o Dia Internacional da Mulher. Comemorado em alguns países desde o inicio do século XX, foi reconhecido pela ONU em 1975, durante a realização no México, da Conferência Mundial do Ano Internacional da Mulher, que definiu a Década da Mulher a partir daquele ano.
A data é uma homenagem a todas as mulheres, em especial, àquelas que nos vários momentos da história da humanidade lutaram pelos seus direitos. Mas também a oportunidade de lembrarmos das conquistas, dos avanços, mas também das lutas perdidas. De entendermos que os papéis, que a sociedade, em cada cultura, estabelece para as mulheres, na relação de gênero, não são biológicos ou naturais, podendo e devendo ser transformados até tornarem-se mais eqüitativos.
Um dos marcos históricos foi a Revolução Francesa, quando as mulheres passaram a atuar de forma mais significativa, reivindicando, o acesso à educação, melhorias das condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição e a igualdade de direitos entre os sexos. E a Revolução Industrial, com o ingresso no mercado de trabalho, recebendo baixos salários, por longas jornadas, trabalhando em ambientes insalubres, com relatos de espancamentos e ameaças sexuais.
Mas foi nos Estados Unidos, com a elaboração em 1848 da Declaração dos Direitos da Mulher, que ocorreram as primeiras manifestações organizadas em prol dos direitos da mulher. E na Inglaterra em 1860, os primeiros movimentos a favor do voto feminino.
Foram também importantes as manifestações e greves das mulheres russas por melhores condições de vida, que acabaram se propagando pelo país e iniciando a revolução de 1917, que acabaria derrubando a monarquia russa. O lançamento da pílula anticoncepcional em 1960, os movimentos feministas da década de 70 e a expansão da participação no mercado de trabalho e nos movimentos sociais, são apontados como fatos que aumentaram e qualificaram a participação da mulher na sociedade.
No Brasil, a data é comemorada desde 1947. Dentre as conquistas podemos citar: o direito ao voto em 1932, a regulamentação do trabalho pela Constituição de 1934, a Reforma do Código Civil de 1962, a Lei do Divórcio de 1977 e a Constituição de 1988 que declarou a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Ainda não consolidada, apesar das mulheres estarem em maior número na população, da igualdade nos anos de escolaridade, e da expectativa de vida ser oito anos maior. Sendo oportuno refletirmos sobre as desigualdades ainda vividas, que trazem, entre outras, conseqüências à saúde física e mental. Agravadas pelas distorções do nosso sistema social, que ainda coloca a mulher em muitas situações como cidadã de segunda classe, vítima da discriminação, da violência e do deficiente sistema de assistência social, de educação e de saúde pública.
O que nos mostra que apesar dos avanços, muito ainda tem que ser feito. E de entendermos, definitivamente, que as mulheres não querem ser homens. Desejam apenas um tratamento igualitário e a liberdade de pensar e agir. Rediscutindo o seu papel na sociedade, os seus direitos e deveres, dividindo as responsabilidades e assumindo novas tarefas, pondo fim à discriminação e a violência.
NOTA: Odair Albano é médico e ex-Secretário da Saúde de Campinas. Contatos pelo e-mail: odairalbano@uol.com.br








Dia internacional da mulher


Pouca gente sabe, mas o dia 08 de Março foi declarado como dia internacional da mulher por Clara Zetkin famosa ativista dos direitos femininos.
“Clara Zetkin (1857-1933), alemã, membro do Partido Comunista Alemão, deputada em 1920, militava junto ao movimento operário e se dedicava à conscientização feminina. Fundou e dirigiu a revista Igualdade, que durou 16 anos (1891-1907)”.
No dia 08 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas e atearam fogo, matando as 129 operárias carbonizadas dentro de uma tecelagem na cidade de Nova Iorque nos E.U.
A manifestação das operárias chamou a atenção na época por ser a primeira greve organizada exclusivamente por mulheres e pela tragédia do desfecho. Violentamente reprimidas pela polícia, as tecelãs refugiaram-se dentro da fábrica e no dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas e atearam fogo, matando as 129 operárias carbonizadas.
As sensibilizações da sociedade sobre o episódio e pelas causas femininas foram aumentando e foi em 1910 que surgiu a idéia de criar uma data para marcar as questões femininas e lembrar a morte das operárias. Durante a segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada na Dinamarca, a famosa ativista dos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa, e a data passou a ser comemorada no mundo inteiro.
Porém, existe uma outra versão sobre a data, que foi publicada no Jornal do Brasil em 1996 por Naumi Vasconcelos, que dizia que a tal greve nunca existira, e que a origem da data era outra. De lá para cá, diversas autoras têm repetido a versão apresentada por Naumi em 1996. Segundo ela, a origem do 8 de março é uma greve de tecelãs e costureiras que explodiu em 1917, em Petrogrado, na Rússia. Nesse dia, um grande número de mulheres operárias, na maioria tecelãs e costureiras, contrariando a decisão do partido - que achava que aquele não era o momento - saíram às ruas em manifestação por pão, paz e declararam-se em greve. A manifestação foi o estopim da primeira fase da Revolução Russa, conhecida depois como a Revolução de Fevereiro. Em outubro, o Partido Bolchevique lidera a grande Revolução Russa”.
Seja qual for a versão verdadeira, o importante é que a mulher conquistou seu espaço. Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe, um dia terminar com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas ainda há muito para se conquistar.




Homenagem – Mensagem para o Dia Internacional da Mulher
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Mulheres fracas, fortes.
Não importa.
Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade.
São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça
Sem desistir, pois sabemos que são capazes de vencer.
Tem a delicadeza das flores
A força de ser mãe,
O carinho de ser esposa,
Reciprocidade de ser amiga,                                           
A paixão de ser amante,
E o amor por ser mulher!
São guerreiras, vencedoras,
São sempre o tema de um poema
Distribuem paixão, meiguice, força, carinho, amor.
São um pouco de tudo
Calmas, agitadas, lentas!
Vaidosas, charmosas, turbulentas.
Mulheres fortes e lutadoras.
Mulheres conquistadoras
Que amam e querem ser amadas
Elegantes e repletas de inteligência
Com paciência
O mundo soube conquistar.
Mulheres duras, fracas.
Mulheres de todas raças
Mulheres guerreiras
Mulheres sem fronteiras
Mulheres… Mulheres…

8 de março

de Sandra Mamede

Até parece uma grande coisa, terem estabelecido uma data específica para as mulheres.
Na verdade, a mulher não precisa de um dia específico, de uma data pré-estabelecida, o seu dia, são todos os dias, pois estão vivas e são atuantes independentemente de dia, na verdade, nunca têm folga!
As mulheres, sempre foram discriminadas, sempre estiveram em segundo lugar na escala de valores, e tudo isso se deve a esse regime patriarcal e machista em que vivem. Mas apesar disso tudo, elas estão cada vez mais conquistando o seu espaço e o seu lugar na sociedade.
Já foi comprovado estatisticamente, que a mulher sofre discriminação em todas as áreas, principalmente na parte profissional, pois a mulher mesmo sendo muito competente, quando ocupa o mesmo cargo de um homem, o seu salário é bem menor. mas os homens não são os únicos culpados, pois essa discriminação existe por parte das próprias mulheres. Uma mulher, geralmente não confia em outra para exercer um cargo importante e de confiança.
Ser "feminista", não foi e nunca será a solução. A mulher não precisa se masculinizar para ser respeitada, achando que somente dessa forma ela poderá ser reconhecida e valorizada, pois mesmo sendo feminina, ou melhor, principalmente sendo feminina, ela pode mostrar o seu valor e a sua capacidade. A mulher sabe que dispõe de muitas "armas" em seu favor, pois mesmo mostrando "fragilidade", ela pode ser forte e decidida, e dessa forma, tirar da sua "sensibilidade" a força de que precisa.
Mesmo vivendo nessa dura realidade, ela não deve perder o seu romantismo. Deve saber transformar a rotina do seu dia-a-dia, numa sucessão de novidades e descobertas, nunca desistindo dos seus sonhos. Mesmo quando estiver fraca, deve se mostrar forte e lutar sempre pela sua independência. Deve de tudo tirar uma lição de otimismo, pois em cada erro que ela cometer, é um ganho de experiência, para se transformar numa tentativa de um futuro acerto, pois errando, se aprende também. Deve ser resistente nas intempéries da vida, pois ela própria é vida, tem vida e gera vida, sendo assim, sabe a noção exata do que significa a palavra "AMOR" e "AMAR".
A mulher, com o seu jeitinho, e a sua delicadeza, soube galgar e conquistar o seu degrau na escada da vida, que inclui o seu lado profissional, o seu lado familiar e o seu lado pessoal. Assim sendo, ela nunca deve tentar se impor pela força, querendo mostrar "igualdade" com os homens, pelo contrário, ela deve fazer questão de ser sempre o "sexo frágil" e ter consciência, que "fragilidade", não significa fraqueza. Essa "fragilidade" na verdade, significa "sensibilidade".
A mulher inteligente, deve fazer questão de ser tratada e considerada com um "vaso mais frágil", para ser tratada com respeito, com carinho, com amor, com cuidado,e é nesse momento que ela mostra a "força" que tem.
Ser forte, não significa gritar, para ser ouvida e para chamar, se isso pode ser feito com uma voz doce e carinhosa. Não precisa exigir para conseguir as coisas, se com um jeitinho especial pode pedir e ser atendida. Não precisa "medir forças", "enfrentar", pois a sua força está na persuasão. Não precisa se "armar" pensando que está numa guerra física, achando que é vergonhoso recuar, pensando que com essa atitude perdeu a batalha, porque às vezes para se ganhar uma guerra, é preciso recuar, se fortalecer para então avançar com mais força, mais segurança, mais convicção e então atingir o seu alvo e conseguir o seu objetivo e assim vencer.
Por isso tudo, viva a mulher, não somente no dia 8 de março (dia da mulher), não somente no segundo domingo do mês de maio (dia das mães), não somente no dia das avós (que é mãe e mulher duas vezes), Mas sim, viva a mulher, todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos, porque a "mulher" é sempre "mulher" todo o tempo.

Mulheres

Pablo Neruda

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

Pablo Neruda
Mulher, heroína sem rosto
Ana Cecilia Pereyra
O real sentido da palavra heroína não remete a alguém com poderes sobrenaturais que surge à noite para salvar a cidade das garras de algum ser malvado. A verdadeira heroína é a que foi vencendo obstáculos à medida que surgiram os obstáculos.
O seu trabalho consiste em algo mais difícil do que capturar o delinqüente mais procurado. O seu objetivo máximo é aquele que melhor sabe fazer: educar o ser humano e dar amor.
O sexo feminino é a principal fonte de subsistência, pois não apenas concebe uma criatura em seu ventre, mas a conserva, deixa-a crescer em seu interior, sempre consciente de que o que está dentro dela é um milagre que irá mudar a sua existência. Assim é como a mulher se torna mãe, não apenas potencialmente, mas dando início ao ato da maternidade.
Uma mãe não se separa do seu filho até que este seja capaz de se virar por conta própria e, quando chega esse momento, aquele ser maravilhoso trará impresso o selo de quem o educou e o levou pelos caminhos da melhor educação.
Na grande maioria das vezes, aclamamos ilustres personagens da história por suas grandes obras, por suas idéias, pela sua maneira de mudar o mundo por meio de sua luta. Poucas são as pessoas que param e se aprofundam em tal admiração e se dão conta de que os maiores filósofos, cientistas e escritores tiveram mãe. Uma mulher ao seu lado, sempre velando pelo seu bem e mantendo-os em suas entranhas. Alguém que foi capaz de os ver crescer até onde foi possível e até que seus olhos estivessem cansados. No fim das contas, foi uma mãe quem deu o impulso para que um grande pensador contribuísse com suas idéias e invenções, desde os pré-socráticos aos intelectuais mais próximos a este século.
Você, que é mãe, tem uma grande oportunidade de formar um líder. Deve se sentir privilegiada e orgulhosa, pois foi entregue a você a ocasião perfeita de impulsionar heróis para a sociedade.
Você, condutora de cada passo, educadora do futuro, heroína oculta.

Um comentário:

  1. Ufa!!Cansei.Quanta coisa linda sobre nós.Mais é isso e muito mais.Somos pioneiras.Obrigado pelo que escreves.

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