domingo, 13 de março de 2011

Um pouco da nossa história

As vezes revendo a minha infância me vem várias lembranças e, imagens passam com uma filmagem-que tempo bom, e nós nem percebemos como é bom ser criança; é o tempo da inocência, da felicidade, dos medos, das fantasias, é o tempo que parece não passar-tudo o que ouvimos contar acreditamos e ainda ampliamos as ideias ou seja,as estórias que nos contam.A minha vizinha a Comadre Dí,esposa do compadre Manoel Cambraia, contava que quando era menina, morava no Miranda que a primeira comunidade antes da localidade de Patané, que o seu pai , e, outros amigos pescadores, viam e ouviam muitas coisas até assombrantes, como:um berro feio que diziam ser o "berrador"; outras vezes quando estavam pescando, viam um fogo que horas estava perto, outra hora ia para longe, outros viam um cavaleiro sem cabeça a galopar estra a fora-e mais e mais coisas que se eu fosse relatar não terminaria, e, aproveitando as estórias juntei as histórias e escrevi a poesia 48 que nos diz:


Arez do velho canhão de guerra
Quem dera ó minha terra
Ver-te ainda bem melhor
Acordar com desenvolviento do teu povo
Sem precisar sair do teu encosto
Vendo a beleza que margeia ao teu redor.

Margeada pela Lagoa Guarairas
Com o verde dos manguezais que te rodeia          
O pescador emsuas águas flutuando
Iluminado pelas noites de lua cheia.

Ainda me lembro quando criança
As estórias que comadre Dé contava
Dizia que em altas horas da noite
Uma coisa estranha os pescadores avistavam.

Nas noites de escuro aparecia
Muito distante um fogo a clarear
E quando eles tentavam chegar perto
Desaparecia e eles não sabiam onde aquilo ia parar.

Diziam que era fogo Batatão
Aquela coisa que na Lagoa aparecia
Mas o pior gente, era que eu
Naquela noite não dormia.

MARLUCE AIRES DA SILVA (14/11/2003)

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