Add caption |
Até pouco tempo atrás Kunumí-Ivãté significava nada. Para os outros sessenta e três índios de sua aldeia e para todos os outros brancos da região, era só Alberto Vilhalva de Almeida. Um jovem que como tantos outros, trocou sua gente pelo feitiço da cidade: Comprou um relógio digital no contrabando, usou calças jeans e sonhou ter um Monza zerinho. Um índio que queria ser branco.
A cidade, sua magia, suas cores, sua gente atraíram Kunumí. Por um momento imaginou ter encontrado seu verdadeiro caminho. Foram três anos de ilusão que foi acabando quando ele conheceu a realidade da cidade. Quando viu outros índios, iguaizinhos a ele, mendigando pelas ruas, humilhados e tratados como “cachorros vadios”.
Um bugre. Para os brancos, Kunumí era só um bugre. Um índio que deixou de ser índio e nunca chegou a ser branco. Que morava na cidade e trabalhava na roça.
__ Descobri que branco é egoísta. Quer comprar tudo: terras, rios, passarinhos. Não sabe que antes do branco, antes do dinheiro, já tinha mundo, já tinha índio.
Kunumí sentiu na pele o preconceito, a exploração. Não gostou dos bailes dos jovens brancos, das luzes e dos sons eletrônicos dos fliperamas. Sentiu saudade da sua gente, da sua língua, das suas festas. Do prazer da caça, do peixe fisgado nas águas da sua infância. Do cheiro do mato. E o MENINO voltou à sua NAÇÃO, com um orgulho: ser Caiuá. Mesmo vestindo roupa de branco, misturando a língua guarani com o português e o castelhano abandonou de vez o sonho do Monza zerinho
João Batista Olivi
AGRADEÇO PELA VISITA.
ResponderExcluirFOI UM PRAZER ENCONTRÁ-LA EM MINHA LISTA DE SEGUIDORES DO MEU BLOG.
OBRIGADA PELO COMENTÁRIO CARINHOSO.
COM CERTEZA PODES COPIAR QUALQUER ATIVIDADE POSTADA EM MEU HUMILDE CANTINHO, ELE SERVE EXATAMENTE PARA ISSO.
ESTOU COM DIFICULDADES DE SEGUIR NOVOS BLOGS. AINDA NÃO ACHEI UMA SOLUÇÃO.
VOLTE SEMPRE.
UM GRANDE ABRAÇO.
Obrigado professora Valdete, pelo seu gentil comentário. Tens um trabalho belíssimo. Continue sendo essa pessoa que és. Boa noite .
ResponderExcluirSão lamentáveis as diferenças que nós humanos fazemos. Deus nos fez igual. Deu-nos a mesma condição e necessidades.
ResponderExcluirA todos deu a razão, colocou dentro dela qualidades, e a principal delas é o amor, e, é este que vem se perdendo. Perde-se por nada, por um parecer, por uma oferta de posição.
Por qualquer preço nos vendemos… e assim vamos fazendo diferença de pessoas, e nos perdendo cada vez mais! É lamentável.
Marluce! Obrigado pela amizade e carinho.
Vi as fotos dos seus… filhos, netas… parabéns,,
Verdade meu amigo. O Senhor nos fez todos iguais e ainda veio nos dando o maior exemplo de humildade. Obrigado pela honrosa visita, e o excelente comentário. Beijos nesse lindo e abençoado casal;
ResponderExcluir